terça-feira, 15 de abril de 2008

Tem dias que a vida parece querer nos mostrar que ela possui uma mágica que beira a poesia, ou pode ser também que sejamos nós que acordemos poetas e façamos da vida nossa matéria prima por um dia, mas o fato é que parece que por algumas horas jogamos fora a lente viciada com a qual olhamos o mundo e em nossos olhos surge um quê de vislumbre infantil diante das belezas simples, efêmeras e as vezes até comuns que nos passam à frente.

Nos dias em que isso acontece é necessário fazer-se atento para contemplar e sentir o mundo da forma mais intensa que se pode fazer, é quando as flores parecem mais coloridas, o pôr-do-sol grita egocêntrico diante de nós e a lua nos seduz como que implorando por ser alvo de nosso amor platônico.E nos sentimos vivos!

Devemos aproveitar pois como tudo o que é intenso, normalmente dura pouco e deixa saudades ....e a fatalidade disso deve nos tornar ávidos em sugar nossa própria vida refletida nesses instantes, pois muitas vezes eles serão o chico buarque do nosso domingo a tarde ou da nossa rejeição.

Esses momentos podem ser espontâneos ou desencadeados....mas a única certeza é incerteza de sua ocorrência...pelo menos no que tange a vida de uma flor cubista.

Um comentário:

Joyce disse...

Só tenho a dizer que realmente tudo acontece tão intensamente nesses momentos que às vezes chegam a ser extremamente triste, nos fazem mesmo sentir vivos....
só não sei se eu e vc nesses momentos queríamos mesmo nos sentir tão vivos...